domingo, 12 de setembro de 2010

Tudo novo de novo.

É muito fácil hoje em dia você fazer certas coisas no automático, ir aos mesmos lugares, falar quase sempre das mesmas coisas, manter sempre a mesma roda de amigos, se um dia você resolver mudar, assim de repente, você ta estranho, ta diferente daquilo que sempre demonstrou e as pessoas te estranham, acham que você é frívolo.

É preciso mudar, renovar, cogitar novas possibilidades, viver novas aventuras, adentrar-se em novos amores, criar o seu próprio universo paralelo.Acorda!

Só não muda quem não se relaciona com o mundo, quem nunca teve uma decepção amorosa, uma frustração.Só não muda quem não consegue racionalizar sobre o que acontece sobre a sua volta, não se interessa pela condição humana, não é curioso a respeito de si mesmo, não se permite ser atingido por nada, não se abre a novas criticas ou até mesmo as velhas que sempre bateu a sua porta, prefere simplesmente ignorá-las, a elas e a qualquer coisa que possa torná-lo diferente daquilo que sempre demonstrou.

Em contra partida a tal ação estática, está o pensamento mas nem sempre à vontade de mudar, pensa em mudar mas, tem medo do que vão achar, de como vão te olhar ou medo de dizerem “Esse não é a pessoa que eu conheci.”.Eu te pergunto, e dai?!

Mude quando der vontade, rompa seus limites, se abra a novos horizontes.Ponha tudo que está ai dentro para fora, viva, faça, aconteça, ame, sonhe e principalmente erre muito, porque os erros ajudam muito no amadurecimento.

Já errei muito!Hoje em dia aprendi com eles, meus companheiros de vida, vão me acompanhar até a minha morte, mas nem por isso os odeio.Errei muito e ainda erro, mas quem disse que não deixo de viver?Desculpem-me aqueles que ofendi e machuquei com meus erros, mas sem eles não vivo!

Errei, mudei, voltei ao que era e mudei de novo, e aqui estou eu, numa “metamorfose ambulante” como diria Raul Seixas.

Mude você também, tente deixar o medo de lado pelo menos por um instante, mostre quem realmente você quer ser, abra-se ao novo, viva o que quiser, pense o que quiser, seja o novo alguém que quiser, a liberdade nos permite isso, e quando alguém te disser “Cadê o velho fulano que conheci?” diga: “Ficou no passado, eu já mudei e você também, ambos viraram apenas história.Nosso novo alguém que vai contar a continuação daquela velha história.”

domingo, 29 de agosto de 2010

Amar não é sofrer.

A frase que dá titulo a esse post é óbvia, mas milhares de pessoas não a levam a sério e vivem relações absolutamente torturantes sem conseguir rompê-las.Homens e mulheres preferem abrir mão da própria liberdade para serem amadas: deixam de ser quem são, deixam de externar suas opiniões, deixam de agir com sua natureza manda, deixam de ser elas mesmas para não perderem o seu amor, perpetuando assim uma relação esgotante e dolorosa.Acreditam que amar é ser vítima, que o flagelo emocional faz parte do romance,mas não é bem assim.
O amor caótico inspira livros, filmes letras de música e quase sempre tem alta carga de erotismo, o que provoca fantasia de milhares de casais que se arrastam em seu feijão com arroz cotidiano.A princípio, viver de amor explosivo parece uma sorte, e não um castigo, só que depois do princípio vem o durante, e esse durante é que enlaça, prende, machuca.Encerrada a euforia inicial, instala-se uma rotina exasperante de uma relação doentia que passa longe da satisfação.Claro que é preciso o esforço de ambos em busca de um ajuste, mas se depois todas as tentativas ficar claro que a única forma de continuarem juntos é um dos dois se anular e deixar-se consumir, aí é hora de saltar desse trem em movimento.Não é fácil.Aliás nem é difícil, é aterrorizante, pois, não esqueçamos, estamos falando de relações que ainda existe amor.
Nada disso é poético, apenas realista.Amor e dor rimam em samba-canção, mas aqui fora, na vida que se vive, não precisa ser assim.Amar tem que ser uma prática alegre, construtiva, produtiva.Sem neuras, sem engessamento.Concessões fazem parte dos relacionamentos, mas sacrifícios, quem disse?Há quem tem tenha sua energia vital sugada por um vampiro que se delicia com a resignação da sua presa.Não é justo.Melhor deixar as ilusões de lado e seguir caminhando.Outro amor pode estar mais adiante, na próxima porta.

domingo, 15 de agosto de 2010

O que a gente faz para se torturar.

Adianta ficar batendo a cabeça na parede porque perdeu uma oportunidade rara de chamar uma garota pra sair?Ok, você não costuma encontra-la, não sabe seu telefone, seu sobrenome, seu endereço, onde ela trabalha, teve a chance e deixou escapar, vai passar quantos meses se lamentando como se ela fosse a última mulher do mundo?
E isso ainda é tortura leve.Tem gente com vocação geral para carrasco e que não sossega enquanto não sacrifica a si próprio.Que gente?Todos nós.
Há os que tem certeza de que, estão vivendo uma boa fase hoje, pagarão o preço amanhã, e imaginam direitinho como: sofrerão um acidente, perderão o emprego, serão traídos.Não é possível que esteja tudo bem, assim, de graça.Algo vai acontecer, é só colocar a imaginação pra funcionar.
Falei em traição?Um clássico.O relacionamento de vocês é mais firme que bloco de concreto, não há o menor indicio que possa entrar água, mas ainda sim você resiste em se martirizar.Qualquer dez minutos de atraso, qualquer ligação não atendida, qualquer desatenção vira indício de que algo está sendo escondido.E você não se aquieta enquanto não descobre o que não existe, enquanto o outro não confessa o crime que não aconteceu.
Insistimos em aceitar que, se a tragédia não bateu à nossa porta, não foi por engano, e sim por uma limitação da vida.Não bateu, passou reto, não voltará para cobrar a conta que não é devida.
Mas só um curso de imersão budista com o próprio Dalai Lama para fazer a gente abandonar os medos a que nos aprisionamos.Imagine se logo você será poupado.Até parece!Você não é bobo, não quer ser pego de surpresa, então passa a vida se preparando psicologicamente para a dor, torturando a si mesmo para, quando chegar a hora, estar tão acostumado com o sofrimento que nem doerá tanto.
É a maldita da culpa que não permite que sejamos felizes sem ter que pagar penitência por tamanha regalia.

domingo, 1 de agosto de 2010

E se tivesse sido diferente?

Recentemente li um livro chamado "O mundo pós-aniversário" no qual a autora Lionel Shriver retrata a história de Irina, uma mulher com um casamento sólido de dez anos, que um dia sente um incontrolável desejo de beijar outro homem.Pra complicar, esse homem é um amigo do casal. A partir daí, a autora divide o livro em duas histórias paralelas: a vida de Irina caso consumasse seu impulso erótico e a vida de Irina caso reprimisse seu desejo.
A autora poderia ter se contentado em escrever sobre o poder transformador de um primeiro beijo em alguém, mas foi inteligente e abordou também o poder transformador de mantermos tudo como está.É comum pensarmos que, ao ficarmos parados no mesmo lugar, sem agir, sem mudar nada, estamos assegurando um destino tranquilo(ou não).Estagnados na mesma situação, é como se estivéssemos protegidos de qualquer e possível fato que nos inquiete.Shhhh.Quietos.Ninguém se mexe para não acordar o diferente.
Não deixa de ser uma estratégia, mas falta combinar com o resto do mundo.As pessoas que nos cercam sempre vão interferir no nosso destino.Se mudarmos bruscamente ou permanecermos na rotina, tanto faz: o mundo se encarregará de trocar as peças de lugar nesse imenso tabuleiro chamado dia a dia.
Ao fazer algo que a sociedade não aprova (como ser casada e dar um beijo em outro homem, a exemplo do livro), tudo poderá acontecer - inclusive nada.Você poderá se apaixonar, abandonar seu marido e viver uma tórrida história de amor, e essa história de amor se revelar uma furada e você se arrepender, e tentar reatar com seu marido, que a essa altura já estará apaixonado pela vizinha.Ou você beijará e, em vez de iniciar um belo romance, voltará para casa bocejando e nada, nadinha será alterado.Foi só uma pequena estupidez momentânea e sem consequências.Mas das consequências de continuar vivo você não escapa.
Seja qual for o caminho que optarmos seguir, haverá altos e baixos.E isso é tudo.Se reavaliarmos alguns momentos de nossas vidas, em algum momento questionaremos:
-E se eu tivesse feito diferente?
O diferente teria sido melhor e teria sido pior.Então o jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante, tudo se justificará, tudo dará certo.Algumas vidas podem até ser tristes, outras são desperdiçadas, mas, num sentido mais amplo, não existe vida errada.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Feliz por nada

Geralmente quando a pessoa fala "Estou tão feliz!",é porque está apaixonada, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo.Há sempre um porquê.Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas.Muito melhor é ser feliz por nada.
Digamos: feliz porque é fim de Julho e ainda temos mais uns 4 ou 5 meses para fazer de 2010 um ano memorável.Feliz por viver.Feliz porque se achou bonito.Feliz porque existe uma perspectiva que algo de bom virá no futuro.Feliz porque você não magoou ninguém hoje.Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar melhor no mundo do que a sua cama.
Esquece.Mesmo sendo motivos materiais e reais, isso ainda é ser feliz por muito.
Como assim feliz por nada?Nada, nada mesmo?
Talvez você nunca tenha se preocupado com isso.Essa tal de felicidade as vezes inferniza."Faça isso, faça aquilo".A troco de?Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
Gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura deixar as chatices diárias de lado e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu dia-a-dia e não perturba o dos outros.Mas não estando alegre, é possível ser feliz também.Não estando "realizado", também.Estando triste ou felicíssimo.Porque felicidade é calma.Consciência.Felicidade é ter talento para aturar, é divertir-se com o imprevisto, transformar as zebras em piadas, é surpreender-se positivamente consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer justo comigo?Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz.Os que não se cobram por não terem cumprido suas pendências, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.Apenas fazem o melhor que podem.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Espera

Arrumando seu baú de bonecas e lembranças,encontrou, surpresa, um brilhante sapatinho de cristal, certamente perdido de um antigo exemplar da Cinderela.Com cuidado, o guardou na gaveta mais secreta do seu armário.Íntimo demais para ser exibido em público e valioso demais para ser mantido oculto.Por isso espera, como a Cinderela, o príncipe que complete o par e possa calça-lo, exibi-lo, além de dançar na sua compania.
Cinderela e príncipe se encontraram, o que foi uma feliz exceção, porque a grande maioria humana vive esperando príncipes e princesas, e, enquanto isso, não lhes resta outra opção a não ser fazer como a própria Cinderela: lavar louça e cuidar da casa da madrasta.
Sempre nos deparamos à espera de algo, seja do príncipe ou da princesa, seja de alegrias ou tristezas, mas sempre estamos à espera de algo.Que tal irmos buscar o que tanto queremos?

sábado, 24 de julho de 2010

Fé.Na maioria das vezes relacionamos essa palavra a religião.Na minha concepção fé tem haver com amor, sim amor, ter fé é demonstrar amor, acreditar em algo mesmo sem ver ou ter provas concetas.
Fé nas pessoas.Poucos ainda à tem, eu sou um desses poucos.À pouco tempo eu achei ter motivos o suficiente para não te-la mais, porém me enganei.Não consigo deixar de ter fé em alguma pessoa, em acreditar que ela possa mudar, que ela possa ser feliz, que possa melhorar, assim como eu melhorei.Fé é sinônimo de amor, você acredita, mesmo que tudo diga o contrário mas você acredita, isso é amor!Ah, pessoas!Tão maravilhosas, podem fazer de tudo, basta acreditar.Não sei se é um dom, mas as pessoas tem uma capacidade incrível de amar e de serem amadas e principalmente de darem a volta por cima.
O sucesso e o fracasso de alguém não depende apenas de uma pessoa.Uma pessoa não vai mudar se você não acreditar nela.Eu acredito na pessoas.
Tenha fé no outro, tenha fé na vida e principalmente fé em si!Todos temos problemas, mas costumo falar que ter problemas na vida é inevitável, ser derrotados por eles é opcional.